Alunos do Curso Técnico em Agropecuária fazem pesquisa com alface

Estudantes do Curso Técnico em Agropecuária, da EEEFM Victorio Bravim, realizaram uma importante pesquisa sobre o cultivo da alface. O trabalho foi feito na propriedade do agricultor Sérgio Lube, que cedeu um espaço para o projeto. O local fica bem perto da escola, em Araguaia, Marechal Floriano.

objetivo da pesquisa é avaliar o uso do papel craft como alternativa de cobertura dos canteirosO objetivo da pesquisa é avaliar o uso do papel craft como alternativa de cobertura dos canteiros. E o resultado foi tão surpreendente, que uma equipe da TV Gazeta esteve em Araguaia para a gravação de uma reportagem que será exibida no Jornal do Campo. A matéria deve ir ao ar nas próximas semanas.

Foram feitos 10 canteiros de alface, usando cinco técnicas diferentes: sem cobertura, cobertura de palha seca, cobertura de papel craft, cobertura de lona preta cobertura de lona branca. Foram plantadas três variedades de alface: Americana, lisa e crespa.

O projeto de pesquisa buscou avaliar o uso do papel craft como cobertura dos canteiros e as suas vantagens em relação aos outros métodos. “Por ser um material mais barato, procuramos alternativas de economia para o produtor”, explicou o professor e coordenador do curso Técnico em Agropecuária, Frederico Eutrópio.

Em campo, o trabalho foi medir a temperatura dentro e fora da cobertura, bem como a temperatura da alface. Além disso, foi monitorada a presença de plantas daninhas porque, se tem uma cobertura que impede o crescimento desse tipo de planta, a alface tem um desenvolvimento muito melhor.

Os pés de alface foram plantados no dia 04 de agosto. E, na última semana de setembro, os resultados já puderam ser vistos, e as primeiras amostras foram colhidas.

“A lona é uma boa cobertura, mas notamos que a alface precisa ser irrigada mais vezes durante a semana. Já o papel é permeável e mantém a umidade do solo. Depois, pode ser incorporado à terra, porque vira matéria orgânica”, ressaltou o doutor em Fitotecnia, Luiz Fernando Favarato, pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), da Fazenda do Estado.

“Eu aprendi como é o manejo da alface, que eu não sabia. Para mim, está sendo excelente passar por toda essa experiência e adquirir esse conhecimento”, disse Igor José da Silva Busato, aluno do Curso Técnico em Agropecuária e medalhista de ouro na Olimpíada Brasileira de Agropecuária (Obap).

“Além de propiciar essa experiência de vivência e prática, o projeto também serve para nortear o caminho que eles querem seguir na faculdade”, disse o professor Frederico Eutrópio.

As amostras foram enviadas para o laboratório do Incaper da Fazenda do Estado. Lá, foram medidos o tamanho das cabeças de alface, o número de folhas de cada pé e outros parâmetros de crescimento da planta. O resultado deste trabalho será divulgado durante um seminário previsto para o mês de novembro, em Venda Nova do Imigrante.

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