Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes tem ações em Marechal Floriano
O dia 18 de maio é reconhecido no Brasil como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Infelizmente essa data está relacionada a um cruel episódio da história do Espírito Santo. A data foi instituída em memória de Araceli Cabrera Crespo, que aos oito anos de idade foi raptada, drogada, estuprada e morta em 1973, na capital do Estado, em um caso que ganhou repercussão nacional.
A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma forma de violação de direitos humanos e envolve vários fatores de risco e vulnerabilidade, dentre eles as relações de gênero, de raça/etnia, de orientação sexual, classe social, de geração e condições econômicas. Nessa violação, são estabelecidas diversas relações de poder, nas quais tanto pessoas quanto redes utilizam crianças e adolescentes para satisfazerem seus desejos e fantasias sexuais ou obterem vantagens financeiras e lucros. Infelizmente, a violência sexual contra meninos e meninas não se dá só no contexto de exploração sexual, mas também ocorre por meio do abuso sexual intrafamiliar ou interpessoal.
Em razão a esta data, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Semadh) através do CRAS e do CREAS realizaram uma ação preventiva, ao lado do Museu da Estação, visando informar acerca deste tema sensível, porém extremamente importante em ser debatido. Na ocasião, os servidores também realizaram uma caminhada simbólica, com a distribuição de panfletos e abordagens nas vias públicas.

As psicólogas Geovanna Duarte, Gesiane Almeida e Luciana Fischer discorreram brevemente sobre a atuação do CRAS e CREAS e como funcionam as prevenções e abordagens “O CRAS trabalha na prevenção contra o abuso sexual junto as famílias, adolescentes crianças, já o CREAS é o órgão que atende as vítimas deste crime. A prevenção é uma arma muito importante contra a violência sexual, pois as crianças e adolescentes muitas vezes sentem-se coagidas pelo autor das agressões, sendo assim, nós orientamos de forma lúdica o que deve ser feito e quais os indícios de abuso, e principalmente, informamos para que elas conversem com algum profissional, responsável, ou alguém confiável caso alguma situação desagradável aconteça”.
A denúncia de casos de abuso ou exploração sexual pode ser feita pelo Disque 100. A ligação é gratuita e pode ser feita de forma anônima. O serviço está disponível 24 horas, todos os dias, inclusive fins de semana e feriados.
Redação e fotos: Tricia de Andrade e Kamila Friedrich- Ascom PMMF